Série A: Viradouro, Santa Cruz, Rocinha e Estácio se destacam
O Carnaval Carioca (09/02/2013)
Na primeira noite de desfiles da Série A, no Sambódromo, foi de apresentações com níveis muito desiguais, como se esperava. Enquanto Viradouro e Santa Cruz saem como favoritas com ótimos desfiles, a Vila Santa Tereza passou vergonha ao não trazer bateria e passistas fantasiadas. Rocinha e Estácio também se destacaram, mas essa última estourou o tempo.
Confira um pouco dos desfiles:
Jacarezinho: lembrando o centenário Jamelão, a rosa e branca teve problemas, como a falta da fantasia do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, que foi substituído pelo último. As alas lembraram músicas que fizeram sucesso na voz do famoso intérprete;
Porto da Pedra: para contar a história do ato de calcar sapatos, a escola que ficou anos no Especial e teve um pré- carnaval muito conturbado (com diversas trocas de presidentes), mostrou um visual simples para quem acabou de descer de grupo. Um carro também empacou na pista, provocando um considerável buraco. O destaque ficou com a sensacional bateria de Mestre Thiago;
Santa Cruz: apesar de alguns buracos, a agremiação fez um correto e colorido desfile sobre o Ceará e se credencia para a disputa por uma vaga no Especial. Com um refrão em ritmo de forró e bateria de cangaceiros, o samba animou;
Vila Santa Tereza: forte candidata ao rebaixamento, a estreante na Série A foi para a Sapucaí com bateria, passistas e composições de carro sem fantasias;
Curicica: reeditando o samba de 94 da Portela, a escola contou com o apoio do público para cantar. Muitos portelenses, como o passista Jeronimo (que virou rei da bateria), prestigiaram o animado desfile, mas com um visual muito simples;
Estácio: entrou impressionando, com canto forte e belíssimas alegorias. Mas a comissão fez coreografias demoradas, atrasando o desfile. A escola correu muito no final e ainda assim estourou um minuto do tempo máximo permitido (55 minutos);
Alegria: homenageando o Cordão do Bola Preta, um dos destaques foi a bateria de nega maluca. Com um clima descontraído, a escola lembrou mesmo a passagem de um bloco carnavalesco;
Rocinha: fantasias criativas e divertidas representavam comidas, o que davam fácil entendimento para o público alegraram a Avenida. Assim como o samba pra cima e o carro da macarronada, com destaques vestidos de almôndegas;
Viradouro: forte candidata ao título, a escola de Niterói homenageou o Salgueiro e cantou com todo o gás, mesmo com a falha no sistema de som da Passarela. As paradinhas da bateria foram outro ponto alto desse desfile sem erros.
Série A: Quatro escolas se destacam na segunda noite
O Carnaval Carioca (10/02/2013)
Império Serrano, Império da Tijuca, Cubango e Unidos de Padre Miguel foram as melhores escolas desse sábado, durante a segunda noite de desfiles da Série A. Elas devem brigar por uma vaga no Especial com a Viradouro, que se apresentou na sexta.
Caprichosos, Tuiuti, Renascer, Tradição, Sereno de Campo Grande e União de Jacarepaguá também desfilaram no sábado, com desempenhos medianos ou fracos.
- Saiba como foi um pouco da noite de sábado:
União de Jacarepaguá (“Dos Barões do café à cidade universitária. Vassouras, ouro verde do Brasil!”): apresentação mediana, com acertos e erros no conjunto estético. Investindo em suas cores, a verde-e-branca construiu somente três carros;
– Tuiuti (“Ao mestre do riso com carinho: as caras do Brasil”): Fantasias dos personagens do grande humorista invadiram a pista. Viam-se o Justo Veríssimo, Bento Carneiro, Painho, Salomé, entre outros, em uma comunidade alegre, mas que fez um desfile mediano. Nos carros com materiais e acabamentos que deixavam a desejar, econtravam-se vários elementos do último carnaval da Mangueira (que, assim como a azul-e-amarela de São Cristóvao, foi assinada por Cid Caravalho);
– Tradição (“Das maravilhas do mar, fez-se o esplendor de uma noite (reedição do samba da Portela de 1981)”):cadidata ao rebaixamento, a Tradição apostou na reedição do clássico samba da Portela de 1981. Apesar de contagiar seus componentes e arquibancadas com uma obra famosa, o Condor de Campinho pecou muito nas fantasias e acabamento de alegorias. No carro dois, a boca aberta da baleia não tinha forração alguma; enquanto a veste da escultura do último, estava caindo;
– Império Serrano (“Caxambu – O milagre das águas na fonte do samba”): mais uma vez, se exibiu uma como escola de samba de fato e grande porte. Transpirando tradição e fundamentos do carnaval, a verde-e-branca da Serrinha emocionou com sua espetacular bateria e um samba que funcionou muito bem. No abre-alas, havia água jorrando e um painel de Led formando o fundo do mar. Vai disputar;
– Cubango (“Rildo Hora: a ópera de um menino… O toque do realejo rege o seu destino!”): não satisfeita em trazer cinco carros (um a mais que as outras), a agremiação de Niterói também fez dois belos tripés. O samba funcionou para o canto das alas que vestiam roupas com boas soluções e materiais. Como nos últimos anos, a Cubango foi grandiosa e correta, se credenciando a entrar na briga pelo título;
– Sereno (“Na busca da paz, equilíbrio e harmonia. Bem aventurados sejam os que ouvem a voz de Deus”): com um desempenho mediano, a escola de Campo Grande mostrou um visual simples para quem quer disputar. As fantasias estavam desniveladas, enquanto algumas eram muito boas, outras não tinha mais a mesma qualidade
Fonte: “O Carnaval Carioca”
por Cláudio Barbosa
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